
Dizem por ai que professor de educação física possui um maior contato com seus alunos, sejam eles afetivos, espirituais, sociais, culturais... Como professor desta disciplina, tenho em vivência nesta função o prazer de poder estar aferindo o quanto são 'energéticos' nossos alunos.
Ouvimos sempre reclamações, insatisfações de outros professores posso constatar o quanto importante se faz nossa presença em aula, sejam práticas/teóricas ou integradas, ninguém para a pensar que estas crianças/pré-adolescentes/adolescente são corpos que expressão uma cultura e, esta ação e prática precisa ser re-significada e fundamentada a uma discussão que contribua a uma construção histórica que passe pelo convívio social e a uma linguagem, chegando a uma forma completa de fazer humano.
Tenho absorvido muitas dessas reclamações e insatisfações de outros professores, agregando toda esta energia a cultura corporal do movimento, contribuindo assim as discussões sobre as questões culturais que são fundamentais para a Educação Física, e isso está justamente na possibilidade de propiciar uma mudança no seu olhar sobre o corpo para, conseqüentemente, não observá-lo mais como um amontoado de ossos, músculos, articulações, nervos e células. Esta visão de um corpo essencialmente biológico afasta a área de uma compreensão ampla do ser humano, da compreensão de que são os significados atribuídos pela sociedade que definem o que é corpo e como ele age nas mais diferentes situações.
Os professores devem estar atentos aos interesses dos alunos, reconhecendo e respeitando o aporte cultural de cada um, garantindo com isso, o ensino contextualizado das manifestações relativas a cultura de movimento, possibilitando dessa forma, com que os alunos adquiram um senso crítico em relação a como são transmitidas tais atividades.
Que tal, se transformar-mos este excesso de energia em expressões ? Vamos tentar.