terça-feira, 26 de outubro de 2010

Energia que não pode perder.



Dizem por ai que professor de educação física possui um maior contato com seus alunos, sejam eles afetivos, espirituais, sociais, culturais... Como professor desta disciplina, tenho em vivência nesta função o prazer de poder estar aferindo o quanto são 'energéticos' nossos alunos.
Ouvimos sempre reclamações, insatisfações de outros professores posso constatar o quanto importante se faz nossa presença em aula, sejam práticas/teóricas ou integradas, ninguém para a pensar que estas crianças/pré-adolescentes/adolescente são corpos que expressão uma cultura e, esta ação e prática precisa ser re-significada e fundamentada a uma discussão que contribua a uma construção histórica que passe pelo convívio social e a uma linguagem, chegando a uma forma completa de fazer humano.
Tenho absorvido muitas dessas reclamações e insatisfações de outros professores, agregando toda esta energia a cultura corporal do movimento, contribuindo assim as discussões sobre as questões culturais que são fundamentais para a Educação Física, e isso está justamente na possibilidade de propiciar uma mudança no seu olhar sobre o corpo para, conseqüentemente, não observá-lo mais como um amontoado de ossos, músculos, articulações, nervos e células. Esta visão de um corpo essencialmente biológico afasta a área de uma compreensão ampla do ser humano, da compreensão de que são os significados atribuídos pela sociedade que definem o que é corpo e como ele age nas mais diferentes situações.
Os professores devem estar atentos aos interesses dos alunos, reconhecendo e respeitando o aporte cultural de cada um, garantindo com isso, o ensino contextualizado das manifestações relativas a cultura de movimento, possibilitando dessa forma, com que os alunos adquiram um senso crítico em relação a como são transmitidas tais atividades.

Que tal, se transformar-mos este excesso de energia em expressões ? Vamos tentar.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A DEMOGRÁFIA DO ENVELHECIMENTO



Mais velhos mais frágeis... E quanto às políticas públicas direcionadas aos idosos?

Mais do que qualquer época, o século 20 se caracterizou por profundas e radicais transformações, destacando-se o aumento do tempo de vida da população como o fato mais significativo no âmbito da saúde pública mundial. A esperança de vida experimentou um incremento de cerca de 30 anos ao longo do século 20, numa profunda revolução da demografia e da saúde pública.
Saber qual é a população real, para a qual as políticas públicas são dirigidas, suscita a permanente discussão entre identidade e diversidade, vindo ao encontro do que hoje se debate em termos de construção de um modelo político e econômico que dê conta das complexidades existente em todas as áreas da vida humana e que demanda ações e políticas específicas. Assim à medida que a população brasileira envelhece, a prevalência de doenças crônico-degenerativas aumenta. São doenças mais graves, que exigem tratamentos mais caros, que aumentará nas próximas décadas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde a cada R$ 1,00 (um real) investido em atividades físicas orientadas por profissionais, teremos uma economia R$ 3,00 (três reais) nos gastos com a saúde pública; cabe então nossos governantes incentivar a população idosa a esta prática, a exemplo de construção de praças públicas especializadas em exercício físico, formação de grupos da 3º idade, entre outros, permitindo assim que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidade, protegendo-as e providenciando segurança e cuidados quando necessários.
A participação em atividades físicas regulares e moderadas pode retardar declínios funcionais. Pode reduzir o início de doenças crônicas tanto em idosos saudáveis como nos doentes crônicos. Assim, a atividade pode ajudar pessoas idosas a ficarem tão independentes quanto possível por um longo período de tempo. Também pode reduzir o risco de quedas. Por isso há benefícios economicamente importantes quando os idosos são fisicamente ativos.
Fica claro que para construir este novo referencial é necessário garantir a cidadania para todos, inclusive para aqueles que a tiveram e perderam. É a partir da inclusão social que se pode contar com pessoas solidárias, cordiais e conectadas com tudo e todos. É neste marco que se pode resgatar o ser idoso como valor para a sociedade.

O envelhecimento da população é, antes de tudo, uma estória de sucesso para as políticas de saúde pública, assim como para o desenvolvimento social e econômico. ...
Gro Harlem Brundtland, Diretor-Geral, OMS, 1999